24 janeiro 2010

De olhos em bico, à beira-mar

Estou a ter aquilo a que posso chamar de um fim-de-semana de olhos-em-bico à beira-mar, na companhia de Hayao Miyazaki e Haruki Murakami!
Hoje vi mais um filme de Miyazaki - Ponyo à beira-mar - e estou totalmente rendida à magia dos seus filmes de animação, e com uma vontade de perceber as raízes e fontes da sua inspiração :) 
A par disso, leio Kafka à beira-mar que, apesar de ainda no início, deixa já transparecer alguma mística.
Ambos nos remetem para a eterna questão da existência humana. 
Abram-se então as portas do mundo nipónico e do universo fantástico, eu estou já de olhos-em-bico, pronta para espreitar.



E quando a tempestade tiver passado, mal te lembrarás de ter conseguido atravessá-la, de ter conseguido sobreviver. Nem sequer terás a certeza de a tormenta ter realmente chegado ao fim. Mas uma coisa é certa. Quando saíres da tempestade já não serás a mesma pessoa. Só assim as tempestades fazem sentido.”
Haruki Murakami, in 'Kafka à Beira-Mar'


Certa manhã, quando brinca na praia, o pequeno Sosuke encontra um peixe vermelho preso num frasco de doce. Sosuke liberta o peixinho do frasco, a quem dá o nome de Ponyo, e promete protegê-lo para sempre. Mas o pai de Ponyo, um feiticeiro que vive no fundo do mar, força o pequeno peixe a regressar às profundezas. Mas Ponyo quer ser humana... O amor e a responsabilidade, o oceano e a vida, num mundo fantástico onde a magia também faz parte das coisas naturais do dia-a-dia.

A história, em desenho animado, é vagamente baseada no conto «A Pequena Sereia», de Hans Christian Andersen, mas filtrado pela peculiar sensibilidade do cineasta nipónico.
Hayao Miyazaki, 'Ponyo à beira-mar' (Luís Salvado in Cinema Sapo)

13 dezembro 2009

À ironia

Luís Afonso, Público

Não há nada como ver a realidade pelos olhos da ironia. Mais um Bartoon brilhante do Luís Afonso.

28 novembro 2009

Presentes Solidários



Mutts, by Patrick McDonell

E como a quadra já é natalícia... aqui fica uma sugestão de natal!
Tens quilos de presentes para comprar, e não sabes por onde começar?
Hoje em dia, no nosso mundo ocidental, já todos temos tudo e algo mais... porque não oferecer a quem precisa a sério?

Oferece generosidade aos teus familiares e amigos. Um qualquer presente, a nós não nos fará falta, e mais tarde ou mais cedo irá ficar encostado a um canto. Com os Presentes Solidários, estarás a dar aos teus familiares e amigos a oportunidade de ajudar quem realmente necessita. Estes, sim, serão presentes que os teus familiares e amigos não irão esquecer. E a questão é que para alguém do outro lado do mundo, onde a abundância não é o dia-a-dia, será Natal muitos mais dias.

Os Presentes Solidários Permitem "Dar a Duplicar". Prima pela originalidade, ajuda a ajudar. Serás capaz?

24 novembro 2009

Fúria Divina


E (quase) de um só sopro, terminei o livro... empolgante e actualíssimo, José Rodrigues dos Santos transporta-nos, desta vez, para o seio do fundamentalismo, em mais um brilhante livro - A Fúria Divina.
Não fossem os livros tão caros, a minha vontade era ler já de seguida os outros todos... É caso para dizer... venham mais 5!

24 outubro 2009

O Milagre da Multiplicação

Fotografia de Nuno Milheiro
Fonte: Olhares

Entrevista de Pedro Bingre sobre ordenamento do território ao Jornal Quercus, no Ecoblogue, acerca do (des)ordenamento do nosso território.

No que se tornaram as nossas cidades?

Basta reflectir acerca da diferença entre os centros históricos e as construções actuais, sem qualquer preocupação de unidade ou integração no meio envolvente, (ou ir até à Áustria, Holanda...) para perceber a pertiência desta questão.

Pare, Escute e Olhe

23 outubro 2009

Experimenta Design 2009


E em tempo de Experimenta... aqui ficam alguns pontos a não perder de exploração do Design enquanto ferramenta de responsabilidade social, emergente neste nosso século XXI... uma relação a estudar e desenvolver!
Lá estarei, então.

Literacia Visual


Duas palavras em estado de exploração: COMUNICAÇÃO VISUAL.

17 outubro 2009

Jesusalém


Toda a história do mundo não é mais
que um livro de imagens reflectindo
o mais violento e mais cego
dos desejos humanos: o desejo de esquecer.
Herman Hesse, Viagens pelo Oriente

Assim começa Jesusalém.

Viver é cumprir sonhos. Quando deixamos de ser capazes de sonhar, quando a culpa nos impede de viver... resta-nos silêncio e esquecimento. Era isso Jesusalém: não um lugar mas a espera de um Deus que ainda estivesse por nascer.
Esta é a história de Vitalício, Ntunzi (sombra), Mwanito (o afinador de silêncios), Zacaria e de um Tio Aproximado... a história de uma terra povoada de homens. Mas é, sobretudo, a história de Dordalma (ou da ausência dela...), a mulher que despoleta toda a história. Trata-se, portanto, dum livro de exaltação à mulher... afinal, é a ausência que mais exalta a presença de algo: Mas hoje sei: quanto mais inabitável, mais o mundo fica povoado...